quarta-feira, março 10, 2004

A morna conversa em torno das letras

O encontro com Mário de Carvalho foi morno. O carácter pesado que o autor colocoou no discursso não ajudou a animar as hostes.
A graça do livro perdeu-se num discurso fortemente politizado e muito negro.
Não foi o encontro que sonhei e desenhei vezes sem conta.
Foi só o aquecimento para o que está para vir.
Valeu pelos amigos que apareceram.
Valeu pela "entaladela" que o Meu amigo Jorge Baptista deu ao Mário de Carvalho. Num momento da conversa o autor de "Fantasia para dois coronéis e uma piscina" referiu-se a "este país".
O Jorge perguntou-lhe porque é que toda a gente diz "este país", como que colocando o corpinho de fora, como que dizendo: "eu não me responsabilizo por isto". "
- Porque é que não dizem o meu país?", argumentou o Jorge.
Esta atitude de fuga à responsabilidade, que todos possuímos, deixou desarmado Mário de Carvalho.
É por isso, e por muito mais, que o Jorge arrisca a transformar-se numa das pessoas que mais admiro.
Só por isso valeu a pena!