segunda-feira, maio 24, 2004

palavras de Angola

Há dois escritores que este ano, para meu desgosto, não estão presentes no programa do ciclo literário "Entre Pedras, Palavras": José Eduardo Agualusa e Ondjaki.
São duas das vozes, em português, de que mais gosto.
O José Eduardo Agualusa descobri-o em Moçambique, pelas mãos da Patrícia.
Uma noite na ilha da Inhaca e as fronteiras perderam-se comigo. Os relatos de uma Angola tão incrível, como incrível era o país que todos os dias ía conhecendo. Um livro que nos dá vontade de arrancar de mochila às costas pelos trilhos da "Baía dos Tigres".


Há 15 dias voltei ao universo de Agualusa com "O vendedor de passados", um romance que António Lobo Antunes já garantiu ser um dos melhores que leu, nos últimos tempos largos, em português. Há romances que são como fotografias, este é um romance como um flash. Uma luz intensa, breve e que cega. Cega o suficiente para acreditarmos que é possível comprar um passado.


Ondjaki é um caso diferente chegou-me às mãos através do Zeferino Coelho, numa longa conversa em Lisboa: "leve este, é um rapaz novo mas muito bom. leia e diga-me alguma coisa".
O assobiador é um romance delicioso. Um fio de música a ecoar em cada página. Uma promessa....


...que estou morto por confirmar neste "Quantas madrugadas tem a noite".


1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

best regards, nice info »

3:05 da tarde  

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