quarta-feira, junho 30, 2004

é a república, estúpida

a ignorância cultivada e alimentada briosamente no nosso país produz o melhor lote de avantesmas de que há memória.
são muitos e andam aí.
nos noticiários aparecem-nos sob a capa de opinião pública a desflorar estupidez alinhada em frases feitas. gostam de manif's e de slogans. o barulho e a confusão dos ajuntamentos são óptimos para passarem despercebidos. as frases curtas são importantes para quem não é capaz de articular um pensamento mais elaborado.
em frente às Câmaras dizem-se apoiantes da "democrácia" por oposição à monarquia. como se fossem antípodas.
em casa alimentam-se das revistas das cortes. das cortes do Lux e da Casa do Castelo. das cortes de Espanha, de Inglaterra ou da Holanda. na rua cospem na história e dizem-se filhos da "democrácia".
ao contrário de Pacheco Pereira recuso, desde já, a ideia de pobre país o nosso. prefiro pobre o povo que nos calhou em sorte.
um povo que adora o medievalismo da "democrácia" do Marco de Canaveses e da Madeira.
um povo assim não merece o país que somos.
só assim se percebe que tantos já tenham desistido de ser portugueses.
Hoje ser português é ter uma bandeira na varanda, um filho do bloco de esquerda, um desejo de votar em Louçã e uma enorme falta de responsabilidade.
Ser português é acreditar que, apesar de existir uma Constituíção, a última palavra deve caber ao livre-arbítrio presidencial.
Mas são assim as Repúblicas das bananas. sim as repúblicas. e não as monarquias como gostariam de nos fazer crer.