quarta-feira, junho 23, 2004

amizade biliar

há amigos que se fazem em tempos de conturbada discórdia. amigos a quem, supostamente, não devemos falar. lembras-te. a nossa amizade começou de uma forma profissional. traçamos os planos para o futuro. de que maneira poderíamos trabalhar juntos no futuro. o futuro nunca chegou. mas ficamos amigos.
hoje estás mais leve. mas continuas grande. não tão grande como esse enorme coração benfiquista. como pode alguém ter no mesmo lugar a maior virtude e o maior defeito. és o verdadeiro gajo porreiro. gosto da forma com que te ganho, sistematicamente, as apostas. e te ganho no bilhar. tu és dois gajos porreiros. tu e o teu irmão. que também perde apostas. e não joga bilhar. e é grande como tu. por dentro e para os lados.
eu gostava de ser um gajo porreiro como vocês. mas não nasci em África, não trago terra vermelha nos pés, nem savanas nos olhos. não gosto das vossas cores, mas admiro a vossa tribo e os ramos mais jovens que dela despontam.

PS (ou será mais sensato colocar outra sigla?):
bem que gostava de saber como vais, agora, conseguir derrarmar a tua bílis sobre o Pinto da Costa