quinta-feira, abril 07, 2005

em nome dos €'s

apesar de só se realizar daqui a um mês, o jogo entre o FC Penafiel e o Benfica já começa a agitar a cidade. Não que exista, como tanto se apregoa, uma onda vermelha, pronta a varrer a capital do Vale do Sousa, mas porque, a esta distância, ainda não se sabe onde terá lugar a partida.
por altura do jogo estaremos já na antepenúltima jornada, o mesmo será dizer que, se tudo correr bem, o FC Penafiel terá já a sua posição, na tabela classificativa, consolidada.
aqui é que bate o ponto, porque, segundo sei, a direcção equaciona a possibilidade de o FC Penafiel poder jogar no estádio do Vitória de Guimarães e com isso fazer uma receita de bilheteira histórica.
só se o FC Penafiel precisar do jogo é que deverá estar disposto a jogar em casa e tirar partido de um campo com medidas mais reduzidas.
ou seja, o FC Penafiel depois de ter visto ser investida uma fatia generosa do dinheiro do erário público na remodelação do estádio municipal, admite a troco de mais uns euros, jogar noutro estádio.
mais, num acto de gratidão, a direcção do FC Penafiel admite privar os seus sócios de ver o mais do que provável campeão nacional a jogar na sua terra.
mais, isto depois do FC Penafiel ter estado longe do contacto com os grandes durante uma dúzia de anos.
Resumindo, a direcção do FC Penafiel admite que se passe por cima do investimento público, na dotação de condições condignas para receber a Superliga, e ir pregar para outra freguesia.
que eu saiba os vimaranenses não investiram um tostão no FC Penafiel, já os sócios e a autarquia abriram os cordões à bolsa para que o clube se apresente com um ar lavadinho entre os maiores.
num momento em que tudo se move em função do dinheiro, há ainda exemplos de alguma vergonha na cara, é o caso do Rio Ave que este fim de semana vai arrecadar 250 mil euros, sem sair de casa. refira-se que os vilacondenses têm já a sua posição mais do que consolidada (7º).
e se isso não bastasse os penafidelenses têm mais sócios que os de Vila do Conde.
mas vamos acreditar que tudo isto não passa de um "suponhamos".