sexta-feira, abril 22, 2005

ver com distância

enquanto, por cá, a nossa imprensa se maravilhava com a possibilidade de D. José Policarpo poder ser eleito Papa, na revista brasileira Veja, a análise era bem mais profunda. eles até tinha o cardeal Cláudio Hummes, mas não ficaram por aí. nós tinhamos o cardeal José Policarpo e não fomos mais longe. não há nada como um bocadinho de clarividência e atenção aos pormenores.
estava cá tudo.

"O pontificado de João Paulo II deve muito a Ratzinger, para o bem e para o mal. Agora, o alemão está cobrando o que julga caber-lhe. Ele simplesmente apossou-se da memória de Karol Wojtyla. No pré-conclave, aproveitou-se de uma idéia estapafúrdia para exercer pressão sobre os outros eleitores. Ele permitiu que uma moção de apoio ao início imediato do processo de beatificação de João Paulo II, a ser encaminhado ao próximo papa, fosse submetida aos cardeais que participarão do conclave. O documento foi deixado em cima de uma mesa. Quem quisesse poderia assinar. Muitos se sentiram compelidos a fazê-lo, mesmo sabendo que essa assinatura será cobrada na hora do conclave, para manter a Igreja sob o wojtylismo."

in Veja, Mário Sabino

este texto é também bastante revelador do que espera a igreja católica.

2 Comments:

Blogger peciscas said...

Claro, Tito, que já se sabe muito bem que todas estas coisas têm uma indisfarçável vertente política e que não será propriamente o Espírito Santo a guiar as decisões dos cardeais!

3:27 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

nem seria de esperar outra coisa. e convenhamos que o calendário mediático da "coisa" tem resultado. Só faltou a subida em directo aos céus.
um abraço

1:49 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home