sexta-feira, julho 18, 2003

Razzle Dazzle

Na solidão do meu esquife vogo lentamente contemplando o teu brilho. Não conheço a baía de S. Francisco, mas adivinho os seus bancos e marés. Sou pirata de ostras, assalto viveiros e com as mãos gretadas cravo a lâmina com que te resgato do fundo do mar. Com a certeza dos movimentos, mentalmente ensaiados, abri tua concha, sorvi-te delicadamente e guardei o teu sabor. Descerraste as pálpebras e eram de madrepérola os teus olhos.