segunda-feira, fevereiro 16, 2004

A normal-idade

Verti segredos em pequenos frascos. São os desconhecidos que melhor decifram o que me vai por dentro.
À luz de uma brancura imensa soletram-me o passado e contabilizam-me o futuro.
A duração dos amores chegará convertida em números, perfeitamente alinhados na minha incapacidade para os decifrar.
Pela primeira vez sonho a normal-idade.