terça-feira, dezembro 14, 2004

Edvard Munch (negativo por revelar)

Grito Negro

Eu sou carvão!
E tu arrancas-me brutalmente do chão
e fazes-me tua mina, patrão.
Eu sou carvão!
E tu acendes-me, patrão,
para te servir eternamente como força motriz
mas eternamente não, patrão.
Eu sou carvão
e tenho que arder sim;
queimar tudo com a força da minha combustão.
Eu sou carvão;
tenho que arder na exploração
arder até às cinzas da maldição
arder vivo como alcatrão, meu irmão,
até não ser mais a tua mina, patrão.
Eu sou carvão.
Tenho que arder
Queimar tudo com o fogo da minha combustão.
Sim!
Eu sou o teu carvão, patrão.

José Craveirinha

O carvão soprado, reacende-se

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Interessante...por momentos, revi-me.

2:55 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Se

se por acaso
a gente se cruzasse
ia ser um caso sério
você ia rir até amanhecer
eu ia ir até acontecer
de dia um improviso
de noite uma farra
a gente ia viver
com garra

eu ia tirar de ouvido
todos os sentidos
ia ser tão divertido
tocar um solo em dueto

ia ser um riso
ia ser um gozo
ia ser todo dia
a mesma folia
até deixar de ser poesia
e virar tédio
e nem o meu melhor vestido
era remédio

daí vá ficando por aí
eu vou ficando por aqui
evitando
desviando
sempre pensando
se por acaso
a gente se cruzasse...

A chatice toda é que só me quero "encontrar" com pessoas e não com gente...

3:01 da manhã  
Blogger BlueShell said...

Eu também...por vezes meto-me em casa em total clausura...
Mudando de assunto:

Estou em campanha....em http://peciscas.blogspot.com/
Mas os meus assessores deram à sola...help....
Jinho, BShell

10:18 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Very nice site! »

5:57 da tarde  

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