A irritação fácil
O Nuno Simas no Glória Fácil avançou com uma das suas primeiras irritações. Aliás uma quente e bem presente irritação, já que se prende com um pretenso discurso políticamente correcto sobre a questão dos incêndios.
Eu considero que tem de existir alguma ponderação na análise do sucedido. Num momento em que as matas ainda ardem, em que há populações vulneráveis às chamas, o circo político não pode chamar a si as atenções. Os ministros, os secretários de estado e entidades competentes precisam de estar concentrados no que ainda há para fazer no terreno. Este não é o momento exacto para o governo se explicar aos grupos parlamentares da oposição e ao país. Neste momento o que eu espero do governo, não são palavras, mas acções concretas no terreno.
Espero que o governo se preocupe com quem, neste momento, se sente desprotegido e apoie quem já está de mangas arregaçadas para reconstruir a vida.
Este é o momento para agir, não para exercitar dotes retóricos, para atirar com culpas, para lavar roupa suja, nem para cuspir para o ar ou assobiar para o lado.
Mas o momento das explicações tem de chegar e breve, agora não em plena crise.
Quanto aos meios, alegadamente, insuficientes, tenho por convicção que não podemos avaliar da sua capacidade de resposta face a uma situação de excepção.
Ainda o ano passado a Austrália, cujo orçamento e poder económico em nada se pode comparar com o de Portugal, viveu uma situação de excepção para a qual nenhum país no mundo está preparado.
As excepções são assim, acontecem e nunca ninguém está preparado.
Não acho que devamos comprar aviões e helicópteros de combate aos incêndios que no futuro não terão utilização.
Não acho que devamos profissionalizar os bombeiros de Norte a Sul do país, criando vagas e desenvolvendo equipas que não serão operacionais.
Temos a capacidade de resposta necessária para uma gestão corrente.
Devemos melhorar os equipamentos, concordo.
Devemos criar melhores condições aos bombeiros, concordo.
Agora não concordo com a necessidade de dimensionar um corpo de combate aos incêndios em função de uma situação de excepção.
Fala-se muito nos famosos submarinos, mas a marinha só vai comprar dois. Vai comprar submarinos à escala das necessidades de formação exigidas a um país com uma costa como a nossa.
Se um dia tivermos uma excepção e nos declararem guerra, dois submarinos não chegam, mas não é por isso que vamos a correr comprar um dúzia.
Não vamos virar albaneses e construir bunkers para protecção de uma invasão imaginária.
Eu considero que tem de existir alguma ponderação na análise do sucedido. Num momento em que as matas ainda ardem, em que há populações vulneráveis às chamas, o circo político não pode chamar a si as atenções. Os ministros, os secretários de estado e entidades competentes precisam de estar concentrados no que ainda há para fazer no terreno. Este não é o momento exacto para o governo se explicar aos grupos parlamentares da oposição e ao país. Neste momento o que eu espero do governo, não são palavras, mas acções concretas no terreno.
Espero que o governo se preocupe com quem, neste momento, se sente desprotegido e apoie quem já está de mangas arregaçadas para reconstruir a vida.
Este é o momento para agir, não para exercitar dotes retóricos, para atirar com culpas, para lavar roupa suja, nem para cuspir para o ar ou assobiar para o lado.
Mas o momento das explicações tem de chegar e breve, agora não em plena crise.
Quanto aos meios, alegadamente, insuficientes, tenho por convicção que não podemos avaliar da sua capacidade de resposta face a uma situação de excepção.
Ainda o ano passado a Austrália, cujo orçamento e poder económico em nada se pode comparar com o de Portugal, viveu uma situação de excepção para a qual nenhum país no mundo está preparado.
As excepções são assim, acontecem e nunca ninguém está preparado.
Não acho que devamos comprar aviões e helicópteros de combate aos incêndios que no futuro não terão utilização.
Não acho que devamos profissionalizar os bombeiros de Norte a Sul do país, criando vagas e desenvolvendo equipas que não serão operacionais.
Temos a capacidade de resposta necessária para uma gestão corrente.
Devemos melhorar os equipamentos, concordo.
Devemos criar melhores condições aos bombeiros, concordo.
Agora não concordo com a necessidade de dimensionar um corpo de combate aos incêndios em função de uma situação de excepção.
Fala-se muito nos famosos submarinos, mas a marinha só vai comprar dois. Vai comprar submarinos à escala das necessidades de formação exigidas a um país com uma costa como a nossa.
Se um dia tivermos uma excepção e nos declararem guerra, dois submarinos não chegam, mas não é por isso que vamos a correr comprar um dúzia.
Não vamos virar albaneses e construir bunkers para protecção de uma invasão imaginária.
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