sexta-feira, setembro 26, 2003

A confraria

A confraria reuniu-se eram 9 horas de uma noite de quinta-feira.
Houve homens de direita com ar de bloquistas, houve comunistas com ar de Portistas (entenda-se seguidores de Paulo Portas), empresários das ferragens apaixonados por fotografia, jornalistas com tendência para as asneiras, jornalistas sem tendências e muitos tendenciosos.
Se a tudo isto somarmos lançadores de copos, extrovertidos, inibidos e candidatos a invertidos, eramos 13.
Iluminados por candeeiros a petróleo, algures entre Rans e Duas Igrejas, os confrades atacam com violento apetite duas paneladas de rojões, com batatinhas, pingue. Tudo solenemente acompanhado pelo tostadíssimo arroz de forno.
Cumprimos assim a nossa parte na semana gastronómica de Penafiel. A mesma semana que fez do bacalhau com broa, cozido á portuguesa e arroz de cabidela pratos típicos de Penafiel.
Assim vai a tipicidade de uma cidade com mais de 200 anos.
Ultrapassados alguns rigores gastronómicos, deixamo-nos quedar por um café de chocolateira, com açúcar amarelo.
Jantamos, provocamos e invocamos muitos ausentes.
São assim os nossos jantares de língua afiada.