Afinal sempre há debate
Depois de muitas tentativas lá consegui que alguém respondesse às minhas invectivas, um amigo, daqueles que por muito que nós não concordemos com quase tudo o que dizem, é do melhor que se pode encontrar na vida, disse de sua justiça:
"em relaçao à tourada acho que alguem tinha que dar explicações, se esta se viesse a
realizar, apenas tenho a acrescentar que foi a única vez que este executivo, não fazendo nada esteve em grande plano".
Jorge Baptista
Caro Jorge, sobre este assunto já nós discutimos o suficiente e já começamos a conhecer os argumentos de ambas as partes de trás para a frente. No entanto desta vez há mais do que uma simples tourada. Quando venho a terreiro defender uma tradição, e são poucas as vezes que o faço, luto com unhas e dentes pelo que considero ser um património importante para a definição do que somos como povo.
Assim o fez a autarquia, quando há um ano atrás pesquisou nos livros e documentos para garantir que a tourada tinha tradição no concelho. Digo desde já que a fundamentação nunca foi das mais forte, mas o amor à causa e à festa brava fez com que a realização de uma mão cheia de touradas no concelho em "1900 e troca o passo" se assomasse ao rol de argumentos já recolhidos.
Se me disserem que no alto da serra da estrela nunca se realizou uma tourada e por isso não há tradição, nada o impede de que ali se realize uma lide, estamos em Portugal e cá a tradição vai de Norte a Sul do país, ilhas inclusivé.
Defender com clara veemência a Festa e passado um ano fazer de conta que tal nunca existiu, não é sério. Como não será sério se a oposição vier reclamar por uma tourada, quando o ano passado tanto mal disse da iniciativa.
O Nuno Peixoto nunca poderá mudar o discurso e defender as lides. António França, depois de se ter deliciado a filmar as manifestações dos aficcionados que não puderam ver a lide, não pode reclamar a presença de João Moura e Ana Baptista.
Nem mesmo os jovenzinhos que tentaram realizar uma manifestação contra as touradas podem reclamar a vitória, porque a realização da tourada foi a única forma de os ver participar numa iniciativa penafidelense, que não meta malabarismos e cuspidores de fogo.
Para terminar, se a tourada fosse substituída por um enorme buraco, sempre ficaria no ar aquele imenso vazio que sente quando perdemos mais um pouco da nossa identidade. Mas não a Tourada foi substituída por um Rodeo, uma versão light e politicamente correcta da Festa Brava, onde em vez de touros há vacas e onde deveriam existir forcados, existem rapazes marcados pelo Bonanza e John Wayne.
Por isto tudo Jorge eu acho que todos nós, mesmo não gostando da Festa, merecíamos uma explicação.
"em relaçao à tourada acho que alguem tinha que dar explicações, se esta se viesse a
realizar, apenas tenho a acrescentar que foi a única vez que este executivo, não fazendo nada esteve em grande plano".
Jorge Baptista
Caro Jorge, sobre este assunto já nós discutimos o suficiente e já começamos a conhecer os argumentos de ambas as partes de trás para a frente. No entanto desta vez há mais do que uma simples tourada. Quando venho a terreiro defender uma tradição, e são poucas as vezes que o faço, luto com unhas e dentes pelo que considero ser um património importante para a definição do que somos como povo.
Assim o fez a autarquia, quando há um ano atrás pesquisou nos livros e documentos para garantir que a tourada tinha tradição no concelho. Digo desde já que a fundamentação nunca foi das mais forte, mas o amor à causa e à festa brava fez com que a realização de uma mão cheia de touradas no concelho em "1900 e troca o passo" se assomasse ao rol de argumentos já recolhidos.
Se me disserem que no alto da serra da estrela nunca se realizou uma tourada e por isso não há tradição, nada o impede de que ali se realize uma lide, estamos em Portugal e cá a tradição vai de Norte a Sul do país, ilhas inclusivé.
Defender com clara veemência a Festa e passado um ano fazer de conta que tal nunca existiu, não é sério. Como não será sério se a oposição vier reclamar por uma tourada, quando o ano passado tanto mal disse da iniciativa.
O Nuno Peixoto nunca poderá mudar o discurso e defender as lides. António França, depois de se ter deliciado a filmar as manifestações dos aficcionados que não puderam ver a lide, não pode reclamar a presença de João Moura e Ana Baptista.
Nem mesmo os jovenzinhos que tentaram realizar uma manifestação contra as touradas podem reclamar a vitória, porque a realização da tourada foi a única forma de os ver participar numa iniciativa penafidelense, que não meta malabarismos e cuspidores de fogo.
Para terminar, se a tourada fosse substituída por um enorme buraco, sempre ficaria no ar aquele imenso vazio que sente quando perdemos mais um pouco da nossa identidade. Mas não a Tourada foi substituída por um Rodeo, uma versão light e politicamente correcta da Festa Brava, onde em vez de touros há vacas e onde deveriam existir forcados, existem rapazes marcados pelo Bonanza e John Wayne.
Por isto tudo Jorge eu acho que todos nós, mesmo não gostando da Festa, merecíamos uma explicação.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home