quarta-feira, novembro 26, 2003

Transporte do Tempo

Em dias de maior cinzentismo, quando a melancolia do outono se desmultiplica em aguaceiros, tomo o "Transporte do Tempo" e converso com Ruy Belo.....

"Escrevo como vivo, como amo, destruindo-me. Suicido-me nas palavras. Violento-me. Altero uma ordem, uma harmonia, uma paz que, mais do que a paz invocada como instrumento de opressão, mais do que a paz dos cemitérios, é a paz, a harmonia das repartições públicas, dos desfiles militares, da concórdia doméstica, da instituições de benemerência. Ao escrever, mato-me e mato."