de caras

ciclicamente aparece o desafio, está na época das touradas, e os verdadeiros amigos não se esquecem dos nossos amores.
assim um desses amigos, que pegamos de caras para a vida, insiste em desafiar-me a discutir a tourada à portuguesa.
em Agosto ela estará de regresso a Penafiel, substituindo uma maricagem americana qualquer que o ano passado se lembraram de contratar, estará de volta o Joaquim Bastinhas como cabeça de cartaz.
lá estarei, não importa sol ou sombra, camarote ou peão.
cá fora estarão os do costume, os tolerantes, os democratas da nova esquerda, os manifestantes do SMS.
entre tábuas estarão séculos de história, de cultura, de Portugal. querer negá-lo é querer negar a nossa identidade.
eles que pendurem as bandeirinhas que quiserem nas janelas, que o país continuará a vibrar com as verónicas, as chicuelinas, muletazos, os curtos, os compridos e as estocadas certeiras.
os pseudo-ambientalistas podem ir ensaiando a caligrafia para desenhar os cartazinhos do costume, que eu quero lá saber. não me chateiem. barafustem, urrem, gritem, mas não me incomodem.
montem o circo com os lencinhos palestinianos, os pregos nas sobrancelhas e o ar de meninas e meninos escanzelados pouco dados ao banho, que eu até acho engraçado, uma espécie de manifestação peripatética.
Para os amantes da festa brava, não percam no próximo dia 24 de Julho em Lousada, uma grande corrida com o João Cerejo e o Joaquim Bastinhas.